segunda-feira, dezembro 21, 2009
2010
terça-feira, agosto 18, 2009
sábado, agosto 08, 2009
terça-feira, junho 23, 2009
domingo, junho 21, 2009
antropofágicas II
terça-feira, junho 16, 2009
antropofágicas
segunda-feira, maio 18, 2009
minima moralia
de todas as coisas que não consigo lembrar, as piores são aquelas que esqueço logo após pensar. É como cair no abismo, ou pior. É como se eu tivesse lá me jogado de propósito. Afinal, servem para quê a caneta, a agenda, um pedaço de papel? Dizem que, se esqueceu, não era importante. Insensatez! Não há nada mais importante do que aquilo que se perde nas sombras da consciência, e sobretudo por um átimo, um descuido.
sábado, maio 09, 2009
virtualidades
intersubjetividade para lá de difusa, espécie de denúncia do aprofundamento dessa infelicidade coletiva que não conseguimos nomear sem lugar comum, e que tememos e procuramos superar com desespero dissimulado, quando não cedemos à loucura e ao phármakon.
inesperado, terra de ninguém, unheimlich, desafio formal também: como, por exemplo, a própria ordem de cada tijolinho desses, lidos "de trás pra frente". textos contaminados dessa estranha dinâmica, dessa difícil negociação com o tempo, ainda mais imprevisível do que, dir-se-ia, o telefone, a tv ou uma frase ao alcance da bofetada :)
quarta-feira, maio 06, 2009
Neste ano "comemoram-se" 70 anos da morte de Freud. A data é, evidentemente, uma desculpa para comemorar o próprio Freud, sua existência, suas idéias, embora alguns possam dizer, em júbilo, "já foi é tarde"... Sempre achei estranho comemorar alguém pela data de seu decesso, o que talvez não se aplique no caso de Freud, que não veio trazer a salvação, mas "a peste"! A peste da consciência (terapêutica!) da infelicidade coletiva; a consciência de nossa natureza perverso-polimorfa; a destituição da soberania da consciência por forças estranhas que a atravessam e a ultrapassam... O homem não é mais senhor em sua própria morada... Para quê repetir os chavões da psicanálise num espaço como este? Para quê começar a falar sobre algo que certamente não cabe num "post de blog"? Fazê-lo parece arbitrário como tudo o que, nessas efemérides previsíveis, foge à radicalidade do seu próprio questionamento, isto é, o questionamento da domesticação a que sistematicamente a sociedade submete um pensar perigoso, incerto, doloroso. O fato é que, hoje, abri minha agenda, e lá estava escrito "6 de maio. Sigmund Freud (1856-1939)". E me ocorreu que o blog não deixa de ser um experimento de autoanálise muito heteróclito, e que, ao invés de ceder ao desejo (recorrente!) de retirar do horizonte do olhar alheio esses "fragmentos de qualquer coisa" que falam muito e quase nada sobre mim, talvez o melhor seria tentar radicalizá-lo! Será?
domingo, março 15, 2009
the príncipe charles school of dance
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
G.-A. Goldschmidt
"On n'apprend pas une langue, on tombe dedans."
sábado, fevereiro 07, 2009
a french poem
I didn't know my french poem was that bad
she let me know it without skirt
it was just narcissistic and sexist babble stuff
and then I understood all the mess
I was living in, the senseless fight
between me and my nothingness
the gibberish talk
and it was sad
I must say
but, oh! she was good
in telling things right
even if she eventually got all wrong
or precisely by that reason alone
because reality is what you make
till it bangs hard on your face
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
quinta-feira, janeiro 22, 2009
quarta-feira, janeiro 21, 2009
poema postal para uma amiga querida
sempre me viro
ao (no) avesso
da carta postal
no pouco que escrevo
à sombra da imagem (soberana)
silêncio
entre uma frase, curta
e tudo o que esqueço:
a alegria de um alô distante
instante fora do tempo
.
segunda-feira, janeiro 12, 2009
La closerie de Lilas et l'homme le plus méchant du monde
"Ah! vous voilà", dit'il.
C'était Ford Madox Ford... (...) A ce moment un homme assez maigre, enveloppé dans une cape, passa sur le trottoir. Il était avec une femme de haute taille et son regard effleura notre table avant de poser ailleurs, puis il passa son chemin sur le boulevard.
"Vous avez vu comme j'ai réfusé de lui rendre son salut? dit Ford. Vous avez vu comme j'ai refusé?
— Non. Qui avez-vous refusé de saluer?
— Belloc, dit Ford. J'ai refusé de le saluer!
(...) Quand Ford s'en alla, la nuit était tombée et j'allai jusqu'au Kiosque acheter un Paris-Sport complet, la dernière édition du journal des turfistes, avec des résultats d'Auteuil et la liste des partants pour la réunion du lendemain à Enghien. Le serveur, Émile, qui remplacé Jean à la terrasse, s'approcha de moi pour voir les résultats de la dernière à Auteuil. Un des mes meilleurs amis, qui fréquentait rarement la Closerie, vint s'asseoir à ma table et juste au moment où il commandait un verre à Émile, l'homme maigre à la cape, acompagné par la femme de haute taille, passa devant nous sur le troittoir. Son regard effleura notre table et alla se poser ailleurs.
"C'est Hilaire Belloc, dis-je à mon ami. Ford était ici ce soir et il a refusé de lui rendre son salut.
— Ne sois pas idiot, dit mon ami. C'est Aleister Crowley, le démonologiste. On dit que c'est l'homme le plus méchant du monde.
— Désolé", dis-je. »
Hemingway, Paris est une fête
LUCIFER